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28
out
13

Marcelo Jeneci brinda à vida no segundo disco

Lançar um disco melhor que Feito pra acabar (2010) não é missão fácil. O primeiro disco de Marcelo Jeneci lhe rendeu excelentes críticas e ótimas parcerias (a exemplo uma turnê com o Tremendão Erasmo Carlos). A pressão é evidente: como dar à luz a um trabalho melhor ou tão bom quanto?

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Após “hibernar no inverno rigoroso”, Marcelo Jeneci lança “De graça”. Diferente do primeiro disco, esse novo álbum é mais dançante e com mais pegada. São treze faixas que descrevem que a felicidade está nos momentos mais simples da vida, assim como canta em seu primeiro single que leva o nome do disco e que tem um ritmo à lá Caetano Veloso: “Que o bom da vida é de graça/ E ache graça/ Quem quiser achar/ É custo zero e mais valor que eu quero ver”. Combinando com o título, todas as canções podem ser ouvidas ‘de graça’ no site do cantor.

A belíssima voz da amiga Laura Lavieri permanece acompanhando Jeneci. O amigo da dupla, Arnaldo Antunes, somou sua criatividade às composições. Felizmente, Marcelo Jeneci não abre mão da sanfona que ainda é característica marcante e fica mais evidente nas combinações setentistas. A coprodução de Adriano Cinta (atual Madri e ex Cansei de ser sexy) trouxe a identidade indie rock e groove.

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De graça (2013) não é melhor que Feito pra acabar (2010). E não é pior. É diferente e é tão bom quanto! É um disco para se ouvir no carro com os vidros abertos e com a família ou ainda “chupando caju no pé”, como ele canta em “Sorriso madeira”, música criada após um sonho com Gilberto Gil.
“De graça” veio para celebrar a vida e para mostrar que a ideia de efemeridade – como aponta o nome do primeiro disco – não é verdadeira. A carreira de Marcelo Jeneci está apenas começando. E começando da maneira mais feliz possível.

22
fev
11

Aos 6 anos na “boquinha da garrafa”

Alguns irão me chamar de careta, (falso) moralista ou quadrado. Não me importo. Aceito as críticas. Na verdade, gosto das críticas. Nós crescemos somente se absorvermos tudo o que é bom. E, nas críticas, também há muita coisa boa para ser sugada e devidamente aprendida.

No sábado (19), gravei algumas reportagens para o Jornal do Dia, da Tv União (aliás, você pode me assistir on line pelo www.tvu.com.br/ ). Uma das reportagens tratava sobre o Carnaval 2011 – a escolha do Rei Momo, Rainha e Princesa do Carnaval em São João da Boa Vista. Informei aos telespectadores o que ocorreu no evento e tudo conforme pedem as regras do telejornalismo – são minhas primeiras experiências na área.

Acesse: www.tvu.com.br/

Não sou fã de Carnaval. Nunca fui. Gosto de samba. Carnaval em 1920, 1930 era cultura. Ainda há quem produza cultura nesse sentido. Basta observar os carros alegóricos e toda a arte produzida pelas escolas de samba. Na minha opinião, muito dinheiro gasto em um país na qual muita gente passa dificuldades, mas também faz o sistema de turismo funcionar e crescer.

Compareci ao Centro de Integração Comunitária (CIC) para acompanhar as apresentações. As escolas de samba da cidade, animadas, gritavam, jogavam confetes, assoviavam, apitavam etc. As primeiras a entrar no palco foram as princesas mirins. Meninas de 6 anos vestidas como pede o Carnaval. Ao som da banda Herança Negra, convidada pela Prefeitura, as apresentações começaram. Opa, peraí! Eu não gostei do que eu vi!

Será mesmo saudável meninas de 6, 7, 8 anos aprenderem a dançar daquele jeito? As mini petizes, incentivadas pelos pais e por toda a comunidade, rebolavam, faziam caras e poses sensuais, desciam até o chão e tudo mais.

Em um país na qual a taxa de natalidade, digamos, não é tão controlada assim, pensei bem para escrever esse meu texto. Indaguei-me: será que eu estou virando aquele jovem de 20 e tantos anos chato, quadrado e ético demais?Não, eu não concordo com isso.

Incentivar meninas de 6 anos a dançar até o chão, modelar caras e bocas sensuais, rebolar; exibir, de um modo subliminar, os seios e tudo mais; não é saudável. Do ponto de vista psicológico, as próprias garotas criam uma personalidade sensual. Por que será que meninas de 10 ou 12 anos estão ficando grávidas?

Tudo está precoce. Antes mesmo de nascer, a criança já aprende a mamar? A televisão, por meio das novelas e programação em geral, está incentivando muito a libertinagem. Eu acredito que as crianças possam sim participar do Carnaval, mas de modo saudável, sem tanta exposição; porém é impossível que elas, vendo todas as poses – para cima e para baixo – não aprendam a fazer o mesmo!

A descoberta natural do sexo, da cobra e da perereca, do pinto e da vagina, é diferente da divulgação e aprendizagem precoce que o mundo moderno oferece às crianças

Não quero julgar ninguém. Os pais têm o poder pelos filhos. Eles decidem, teoricamente, o que é melhor para eles. Se uma mãe não vê problemas em ver sua filha aprender a rebolar até o chão, aprender a ser sensual com 6 anos e tudo mais, eu não posso chamar o Juizado de Menores e esperar que eles façam alguma coisa. Depois, só não quero ouvir reclamação de que a filha beijou de língua aos 8 anos, transou com 11 e está grávida aos 12.

Além da origem pagã do Carnaval, eu, mesmo com 21 anos, solteiro e sem filhos, já sei uma coisa: minha filha não vai descer na “boquinha da garrafa” aos 6 anos! Da minha parte, não autorizo!

@misaelmainetti




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